Pronto para servir você!

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Contato: arnaldo@ctccbauru.com.br

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Últimas vagas! Venha conhecer e praticar a TCC de Aaron e Judith Beck!

17º CURSO DE FORMAÇÃO EM TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL

Início 07/03/2015 – CTCCBauru-SP – Fundado em 2002.


Coordenação e Supervisão: Psicólogo – Professor Arnaldo VicenteEspecialista em Terapia Cognitiva Comportamental, formado pelo Instituto de Terapia Cognitiva, em São Paulo. Presidente da Oficina de Pensamento – OSCIP. Ex-Presidente da Associação Brasileira de Psicoterapia Cognitiva. Ex-Professor-Supervisor do ITC-SP.




LIDÍA NIGRO sobre a primeira aula do nosso CURSO AVANÇADO DE TCC - DESAFIOS CLÍNICOS:

"A primeira aula deste curso foi muito produtiva. Vim para o curso motivada e com boas expectativas devido aos ótimos resultados alcançados com o curso de formação realizado anteriormente.
A metodologia e o conteúdo adotados foram totalmente de encontro às minhas necessidades :
- Definição de temas a aprofundar;
- Novas reflexões e ensinamentos;
- Vivências da prática clínica ( role player), com intervenção e observações do professor ;
- Troca de experiências entre colegas;
- Fácil acesso à bibliografia atualizada;
Assim, o curso oferece credibilidade e segurança de que é um investimento com retorno garantido.
Obrigada a equipe do CTC Bauru."
Lídia Nigro - Psicóloga - Terapeuta Cognitiva Comportamental formada pelo CTCCBauru.

Tudo Pra Elas #15 -- Entrevista: Dr. Arnaldo Vicente - bloco 1/3

Tudo Pra Elas #15 -- Entrevista: Dr. Arnaldo Vicente - bloco 2/3

Tudo Pra Elas #15 -- Entrevista: Dr. Arnaldo Vicente - bloco 3/3

ARNALDO VICENTE 09 12 13

ARNALDO VICENTE EN 12 12 14

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Últimas vagas! Venha conhecer e praticar a TCC de Aaron e Judith Beck!

17º CURSO DE FORMAÇÃO EM TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL

Início 07/03/2015 – CTCCBauru-SP – Fundado em 2002.


Coordenação e Supervisão: Psicólogo – Professor Arnaldo VicenteEspecialista em Terapia Cognitiva Comportamental, formado pelo Instituto de Terapia Cognitiva, em São Paulo. Presidente da Oficina de Pensamento – OSCIP. Ex-Presidente da Associação Brasileira de Psicoterapia Cognitiva. Ex-Professor-Supervisor do ITC-SP.

Monitoria de Supervisão: Psicólogas Viviane Siqueira, Rosemary Pandolfi e Daniela D’Alquimin,, Terapeutas Cognitiva Comportamental formadas pelo Centro de Terapia Cognitiva Comportamental de Bauru. Membros atuantes da Oficina de Pensamento – OSCIP. 



Programa:
O Programa é composto por onze encontros e propõe, em cada um, conteúdos que contribuem para a evolução Teórica e Prática do profissional que receberá o Título de Terapeuta Cognitivo Comportamental certificado pelo Centro de Terapia Cognitiva Comportamental de Bauru – SP;
História da Terapia Cognitiva; Conceituação Cognitiva (modelo de vulnerabilidade, tríade cognitiva e esquemas primário e secundário); Diferenças entre Cognições, emoções e comportamentos; a Primazia das Cognições: a Especificidade Cognitiva; a Identificação, Avaliação e Desafios de Pensamentos Automáticos. Workshop de Técnicas de Intervenções Cognitivas e Comportamentais para Gerenciamento de Sintomas.
Identificação e Modificação das Crenças Intermediárias (suposições, regras condicionais e estratégias compensatórias) e Crenças Centrais; Modelo cognitivo de Personalidade e Psicopatologia. Construção da Lista de Problemas e Metas, do Planejamento de Intervenção e do Diagrama de Conceituação Cognitiva. Workshop de integração dos Pensamentos Automáticos e das Crenças Intermediárias e Centrais para compreensão e intervenção nos esquemas disfuncionais utilizando o Diagrama de Conceituação Cognitiva.
A Estrutura da Entrevista Inicial, da Primeira Sessão de Terapia, da Sessão Dois em Diante e das Avaliações Periódicas (Inventários e Gráficos de Humor); Término Generalização de ganhos e Prevenção de Recaída. Workshop e role player de estruturas das sessões integrando a Lista de Problemas e Metas com o Planejamento de Intervenção e a Conceituação Cognitiva.
Protocolos para atendimento para os Transtornos de Depressão e Suicídio. Todos os protocolos serão ilustrados por casos atendidos em Terapia Cognitiva.
Protocolos para atendimento dos Transtornos de Ansiedade e Síndrome do Pânico. Todos os protocolos serão ilustrados por casos atendidos em Terapia Cognitiva.
Protocolos para atendimento de Casais. O protocolo será ilustrado por um caso atendido em Terapia Cognitiva.
Protocolo para atendimento de Crianças e Adolescentes. O protocolo será ilustrado por dois casos atendidos em Terapia Cognitiva.
Protocol para Terapia Cognitiva Social, técnicas de Intervenções Cognitivas e Comportamentais para Reestruturação de Crenças Sociais Disfuncionais estimulando o desenvolvimento de Novas Crenças Funcionais através do trabalho da Oficina de Pensamento – OSCIP. Prático: Palestra Oficial da OP-OSCIP: Somos o que pensamos. Vamos pensar a respeito?
Protocolo para Transtornos alimentares, tendo como base o programa Pense Magro de Judith Beck.
Orientação para elaboração do Relatório de Resumo de Caso Clínico Supervisionado.
Progredindo como Terapeuta Cognitivo: A Escala de Empatia; relatos de experiências subjetivas de cada aluno e desafios clínicos como uma nova etapa de evolução do Terapeuta Cognitivo iniciante e os benefícios da Supervisão Avançada.
Supervisões Clínica de casos atendidos pelos alunos durante o Curso.
Conteúdo Teórico: Apresentado em apostila fundamentada no Livro: Terapia Cognitiva – Teoria e Prática. Autora: Judith Beck. Editora: Artmed. Ano: 1997. Adaptada por Arnaldo Vicente, Especialista em Terapia Cognitiva.
Conteúdo Prático: Apresentado em Kit de Formulários de Atendimento, baseados nas referências bibliográficas e no material teórico-prático desenvolvido por Arnaldo Vicente em seus atendimentos no Centro de Terapia Cognitiva de Bauru, desde 1999. 
Destinado à: Psicólogos, Psiquiatras e alunos no último ano de formação destas áreas.
Duração: 110 horas em 11 meses, sendo 80 horas de orientações teóricas e práticas e 30 horas de Atendimentos Clínicos. Sendo um sábado por mês. 
Horário: 8h00 às 15h 30m. 
Investimento: R$ 5.390,00 em 11 parcelas de R$ 490,00. 
Número de alunos: máximo de 12 alunos. 
Datas das 11 aulas: 07/03; 11/04; 09/05; 13/06; 04/07; 08/08; 12/09; 03/10; 07/11; 05/12/2015; 30/01/2016. 
Local: Centro de Terapia Cognitiva Comportamental de Bauru –Rua Padre João 17-75, Santa Tereza, Bauru-SP – Fone: (14) 3214 – 3247 ou 3214-3343 – com Vânia Nobre, e-mail: vania-ctcbauru@hotmail.com.
Referências Bibliográficas: Terapia Cognitiva Teoria e PráticaDepressão Causas e TratamentoA Mente Vencendo o HumorVencendo a Ansiedade e a Preocupação, com a Terapia Cognitivo-ComportamentalTerapia Cognitiva para os Transtornos de AnsiedadeManual de Terapia Cognitivo-Comportamental para Casais e Famílias.Terapia Cognitivo-Comportamental para Pacientes Suicidas.  Terapia Cognitivo-Comportamental da Obesidade. Pense Magro.Terapia Cognitiva com Crianças e Adolescentes.
CTCBauru oferece sobre a Terapia Cognitiva: Cursos, Palestras, Psicoterapias e venda de Livros.
“CTCBauru: desde 2002, formando e Informando TCC.”

Nossa missão está sendo cumprida: Nosso primeiro Curso Avançado em TCC já é uma realidade.

Nossa proposta no primeiro Curso Avançdo de TCC foi alcançada. Durante a aula os participantes, veteranos em TCC, compartilharam suas experiências em atendimentos utilizando a TCC com seus pacientes.
No primeiro encontro agendamos as dúvidas e variações possíveis no manejo da estruturas de sessões.
Os participantes trouxeram as duvidas e dificuldades que tem tido no dia a dia no atendimento de seus casos clínicos e pudemos juntos encontrar as melhores saídas para o bom andamento e benefício de seus atendimentos.
Algumas soluções vieram da troca de experiência entre os próprios participantes e outras nos role-play que juntos realizamos; além da aula expositiva que oferecemos em multimídia acompanhada de apostila e mais dezenas de formulários, criadas e utilizadas no CTCCBauru. O feedback ao final da aula foi muito estimulador para entendermos que estamos no caminho certo em nossas missão de "Formar e Informar TCC".



segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

ENTREVISTA COM JUDITH BECK

por Melanie Ogliari Pereira
Psiquiatra, formação em terapia cognitiva pelo Instituto Beck, membro fundador da Academy of Cognitive Therapy, sócia fundadora da Sociedade Brasileira de Terapias Cognitvas (SBTC)



Dr. Judith Beck, PhD, é a presidente do Instituto Beck de Terapia Cognitiva e Pesquisa, com sede na Filadélfia. É também Professora Adjunta de psicologia em psiquiatria na Universidade da Pensilvania, EUA. A Dr. Judith Beck é responsável por três das principais funções do Instituto Beck: educação, atendimento clínico e pesquisa. Atualmente, divide seu tempo em administração, supervisão e ensino, trabalho clínico, desenvolvimento de programas, pesquisas e de escritora. Trabalha como consultora em diversas pesquisas do NIMH (National Institute of Mental Health) e apresenta workshops, nacionais e internacionais, da aplicação da terapia cognitiva nos mais variados transtornos psiquiátricos. Ela é autora de diversas publicações, dentre as quais se destacado o livro-texto amplamente utilizado Terapia Cognitiva: teoria e prática já traduzido em 12 diferentes idiomas. Finalmente, cumpre destacar que é sócia fundadora e presidente da ACADEMIA de Terapia Cognitiva.
RBTC: Como e quando a Terapia Cognitiva passou a ser uma opção profissional para você?
JB: Não iniciei minha carreira profissional como psicóloga, desde criança sempre quis ser professora. Fiz Faculdade de Pedagogia na Universidade da Pensilvânia e me especializei como professora de crianças com dificuldades de aprendizado. Eu adorava trabalhar em sala de aula, mas logo percebi que, caso desejasse fazer algo maior em educação, precisaria de mais treinamento. Iniciei um doutorado na área de educação, mas, no meio do caminho, passei a interessar-me e a estudar também psicologia. A principio, pensava que não seria uma boa terapeuta, por não me parecer tão óbvio como fazer uma terapia em comparação de como sempre fora óbvio para mim, mesmo antes de fazer Pedagogia, como ser uma boa professora. No entanto, iniciando formalmente meus estudos em Terapia Cognitiva, ela me pareceu fazer sentido. Depois de muitos anos, finalmente desenvolvi a mesma capacidade de intuição em psicoterapia que possuía para lecionar. Atualmente ocupo uma boa parte de meu tempo ensinando Terapia Cognitiva.
RBTC: As diferenças e semelhanças de Terapia Cognitiva, Terapia Comportamental e Terapia Cognitivo Comportamental, poderia nos dizer algo sobre isto?
JB: Terapia Cognitiva baseia-se na idéia que pessoas com estresse têm freqüentemente o pensamento distorcido e/ou disfuncional. Este pensamento negativo tem um impacto negativo em seu humor, em seu comportamento e, freqüentemente, em sua fisiologia. As sessões de terapia cognitiva são habitualmente estruturadas e direcionadas para auxiliar o paciente a solucionar seus problemas atuais. Neste contexto, o paciente aprende habilidades de solução de problemas, pensamento e comportamento que ele utiliza não só durante o tratamento, mas também no futuro, para permanecer bem. Uma importante parte do tratamento é auxiliar pacientes a aprender como avaliar a validade e a utilidade de seus pensamentos negativos e como responder a eles de uma forma realista. Os pacientes, quando aprendem a fazer isso, se sentem melhor e tornam-se capazes de comportar-se mais funcionalmente. O tratamento é sensível em relação ao tempo de duração e é freqüentemente mais curto do que outras psicoterapias, devido ao fato de que um dos objetivos principais do tratamento é ensinar os pacientes a serem seus próprios terapeutas. Esta é a razão pela qual a Terapia Cognitiva não só ajuda os pacientes a ficarem melhor, mas também a permanecerem melhores.
A Terapia Comportamental é baseada nos princípios de condicionamento clássico e operante. Ela assume que comportamentos são respostas apreendidas a estímulos e que novas respostas podem ser aprendidas
Terapia Cognitivo Comportamental é um termo abrangente para uma variedade de terapias que utilizam algumas combinações de técnicas cognitivas e comportamentais. A Terapia Cognitiva é, algumas vezes, designada como Terapia Cognitivo-Comportamental, mas o que a difere de outros tipos de terapias Cognitivo-Comportamentais é ter a base no Modelo Cognitivo de que crenças e pensamentos de uma pessoa influenciam suas emoções, ações e sintomas físicos, e que as técnicas específicas que o terapeuta escolhe para usar com cada paciente devem ser individualizadas com base na Conceituação Cognitiva deste paciente (a compreensão do terapeuta, confirmada pelo paciente, de quais são as crenças subjacentes do paciente; os padrões não adaptativos que ele desenvolveu para “lidar” com estas crenças; e os pensamentos, emoções e comportamentos diários que aparecem como resultado destas crenças).
RBTC: Por que a Terapia Cognitiva é mais uma revolução do que uma evolução na área da psicoterapia?
JB: Meu pai, Dr. Aaron Beck, fez formação e trabalhou como psicanalista no início de sua carreira. Neste período, decidiu fazer uma série de experimentos, com os quais esperava validar o conceito de que depressão seria o resultado da hostilidade voltada contra o self. Ao descobrir que sua pesquisa invalidava conceitos psicanalíticos de depressão, decidiu estudar este transtorno psiquiátrico. Descobriu que os sintomas da psicopatologia da depressão podiam ser melhor explicados através do exame dos pensamentos conscientes do paciente, no lugar de tentar trazer a tona (hipotéticos) desejos reprimidos e motivações inconscientes. Ele desenvolveu um tratamento para depressão baseado em auxiliar os pacientes a solucionar seus problemas atuais, mudar seus comportamentos disfuncionais e responder de forma adaptativa a seus pensamentos disfuncionais. Esta ênfase na cognição foi de fato uma revolução em psicoterapia.
RBTC: Para onde está caminhando a Terapia Cognitiva?
JB: A pesquisa em Terapia Cognitiva explodiu na década passada, conforme mencionei acima. Ela irá ampliar-se para um número crescente de transtornos psiquiátricos, mesmo os mais severos, assim como para outros problemas médicos e psicológicos. Formulações cognitivas e tratamentos específicos serão adaptados e refinados. Serão necessárias mais pesquisas para determinar a melhor maneira de treinar serviços e profissionais da saúde mental, supervisores e MONITORES. A Terapia Cognitiva vem sendo aplicada cada vez mais a diferentes ambientes e transtornos, por exemplo, com pessoas idosas, em asilos, e com crianças, em escolas. Vem sendo adaptada para terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, consultores vocacionais e consultores pastorais.
RBTC: A Terapia Cognitiva e os Transtornos Depressivos: com ou sem o uso concomitante de antidepressivos? Por que?
JB: A Terapia Cognitiva pode ser feita com ou sem o uso concomitante de medicação. Pesquisas mostram que Terapia Cognitiva é tão eficaz quanto medicação para depressão. Uma grande vantagem da Terapia Cognitiva, entretanto, é que ela possui a metade dos índices de recaída dos antidepressivos. Deve-se considerar o uso de antidepressivos quando a depressão é severa, especialmente quando o terapeuta não tem um alto grau de experiência.
RBTC: Existe um grande e crescente interesse em Terapia Cognitiva no mundo inteiro. Como lidar com o desafio do treinamento de profissionais em Terapia Cognitiva e como validá-lo em sua opinião?
JB: Pessoas que participam de treinamento de profissionais em Terapia Cognitiva devem ter competência tanto em conduzir uma terapia como em seu treinamento e sua supervisão. Devem ser membros certificados de organizações, tais como, a Academia de Terapia Cognitiva, que requer aos profissionais que apresentem amostras de seu trabalho como evidência de sua competência. Formadores e supervisores deveriam também participar de cursos avançados de treinamento que são oferecidos pelo Instituto Beck ou pelo Centro de Terapia Cognitiva de Oxford.
RBTC: Seu novo livro, recém-lançado aqui, é sobre Terapia Cognitiva Para Desafios Clínicos.
Seria possível nos dizer como ele “aconteceu” para você ?
JB: Percebi, enquanto estava escrevendo Terapia Cognitiva: Teoria e Prática, que a terapia algumas vezes necessitava ser adaptada para pacientes específicos como, por exemplo, aqueles com transtornos de personalidade. Estes pacientes possuem crenças extremamente negativas sobre si mesmos, seus mundos e outras pessoas, crenças estas que eles trazem para o tratamento. Se um paciente acredita, por exemplo, que “as pessoas vão me machucar”, ele provavelmente irá pensar que seu terapeuta poderá machucá-lo também. Portanto, ele poderá estar hipervigilante em relação a poder ser magoado, ser cuidadoso em relação ao que ele relata ao terapeuta e ter dificuldade de aderir completamente ao tratamento. Terapia Cognitiva para Desafios Clínicos descreve como conceituar pacientes complexos e seus problemas, e como variar o tratamento de maneira adequada.
RBTC: “Terapia Cognitiva é superficial”, escutamos muito isto. Como você responderia a esta afirmação?
JB: Pessoas que se pronunciam desta maneira não leram livros básicos de Terapia Cognitiva, nem participaram de cursos de treinamento de Terapia Cognitiva. Se tivessem participado, saberiam que terapeutas cognitivos trabalham para modificar percepções básicas do indivíduo de si mesmo e dos outros, idéias estas que alguns pacientes desenvolveram na infância. Devem também desconhecer literatura de resultados com Terapia Cognitiva, especialmente estudos relacionados com prevenção de recaída. Como a Terapia Cognitiva obtém resultados mais duradouros que outras psicoterapias, ela deve produzir mudanças profundas. Terapeutas cognitivos trabalham para ajudar pacientes a desenvolverem insights de seus problemas, mas não param por aí. Eles auxiliam seus pacientes a aprender, a partir destes insights, a fazerem mudanças importantes em suas vidas e a desenvolverem habilidades que podem usar dali em diante.
RBTC: Terapia Cognitiva com ou sem manuais, parece ser uma pergunta que terapeutas experientes têm feito atualmente. Poderia nos dizer alguma coisa sobre isto?
JB: Terapeutas cognitivos experientes conceituam cada paciente individualmente e planejam o tratamento, durante e entre sessões, baseados nesta conceituação. Terapeutas menos experientes, que não tenham habilidade em conceituação e planejamento de tratamento, podem beneficiar-se do uso de manuais.


Endereço para correspondência
Rua Álvares Machado, 44 - sala 303.
Bairro Petrópolis - Porto Alegre - CEP: 90630-010.
E-mail: melanieop@uol.com.br.


Notas
1 Entrevista realizada no dia 16 de Novembro de 2006, na cidade de Porto Alegre.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

A PRIMEIRA IMPRESSÃO É A QUE FICA. FICA PREJUDICANDO VOCÊ, A MAIORIA DAS VEZES.

A primeira impressão que temos sobre as pessoas e sobre os eventos é uma avaliação feita em alta velocidade. Neste...
A primeira impressão que temos sobre as pessoas e sobre os eventos é uma avaliação feita em alta velocidade. Neste caso podemos afirmar que a pressa é inimiga da perfeição.

1- O que contribui para formarmos uma impressão sobre uma pessoa?

Arnaldo- Tudo que já aprendemos sobre ela e sobre as pessoas em geral. Todas estas informações estão em nossa memória o tempo todo.

2- Então avaliamos as pessoas primeiro de acordo com a nossa experiência?

Arnaldo- Sim, a nossa experiência está influenciando a nossa impressão sobre o que há no mundo o tempo todo.

3- A nossa experiência ajuda ou atrapalha?

Arnaldo-  Temos a necessidade de ter uma impressão rápida sobre as coisas que acontecem em nossa vida. Isto faz parte de nosso instinto de preservação: da nossa vida e dos outros.

Há momentos em que a única saída é atacar ou fugir, mas isto não acontece o tempo todo. Não estamos sempre ameaçados.

Não é verdade que matamos um leão por dia e que nunca temos uma folga dos problemas.

4- É um exagero acreditar nisto?

Arnaldo- Sim, é um exagero que faz muito mal para as pessoas que, por acreditarem nestas impressões, acabam ficando estressadas, ansiosas, revoltadas ou deprimidas.

5- Como não acreditar que a primeira impressão é a que vale?

Arnaldo- Não as seguindo de imediato, devemos considerá-las como uma idéia, uma hipótese que na maioria das vezes, pode ser verdadeira ou falsa. Seguí-las sem lembrar disto pode ser um grande erro.

6- Você tem exemplos de pessoas que seguiram suas primeiras impressões e se deram mal?

Arnaldo- Sim.

a) Uma alto executivo perdeu o emprego e teve a impressão que nunca mais trabalharia e que ficaria na miséria. Ficou muito ansioso e passou a pressionar a família a arrumar um emprego imediatamente. Causando sérios conflitos, pois a esposa nunca tinha trabalhado e os filhos estavam no meio de um curso universitário.

b) Uma mulher teve a impressão que o seu marido a estava traindo, porque ultimamente ele estava sempre se queixando de dores e não a procurava mais sexualmente. Ela ficou triste porque achou que ele a deixaria.

c) Uma adolescente teve a impressão que sua mãe não gostava mais dela porque sempre lhe cobrava ter comportamentos de adultos. Ela ficou com raiva e usou drogas.

d) Um homem ficou deprimido depois do falecimento de sua esposa porque teve a impressão achou que sua vida não tinha mais valor. Isolando-se dos filhos, netos, amigos e trabalho.

e) Uma professora mandou um menino para fora da classe porque teve a impressão que um aviãozinho foi jogado por ele enquanto ela estava de costas. Ela ficou muito revoltada e ofendeu o menino sem escuta-lo.

f) O marido brigou com a esposa porque teve a impressão que ela achava a novela mais importante do buscar um café para ele. Evitou falar com ela por uma semana.

g) Uma mulher agrediu uma criança porque teve a impressão que ela chorava para irritá-la.

h) Um irmão agrediu a irmã porque teve a impressão que ela não sairia nunca mais do computador que ele queria usar.

i) Um homem estava com o coração disparado porque estava ansioso, mas teve a impressão que isto o levaria a um enfarto e foi para uma UTI.

j) Uma adolescente deixou de ir na escola porque tinha a impressão que ia desmaiar todas vezes que tinha que fazer prova e ficava nervosa.

7- Em todas estas situações as pessoas acreditaram que a primeira impressão é a que vale, é a que fica?

Arnaldo- Sim. Todas elas estavam habituadas a pensar que isto era o certo e achavam que estavam fazendo o certo.

Felizmente, todas essas aprenderam que a primeira impressão é apenas uma idéia e é preciso analisá-las para ver o quanto são verdadeiras ou não.

8- E qual a melhor idéia para se fazer isto?

Arnaldo- Ao ter impressões sobre as pessoas ou eventos, pergunte-se:

- Como posso provar que esta impressão é verdadeira?
- Essa impressão é para sempre?
- Essa impressão está me ajudando neste momento?
- Como posso resolver esta situação?

9- Trabalhando assim as impressões não vão atrapalhar mais?

Arnaldo- Não. Elas vão ocupar o lugar delas que é de identificar o que está acontecendo e não tirar uma conclusão final precipitada.

10-Porque essas impressões são tão rápiadas?

Arnaldo- Elas são comandadas pelo nosso subconsciente. que capta tudo que está fora do nosso foco. Sua principal função é a de avaliar a nossa segurança zelando pela nossa preservação. Ela trabalha com milhões de informações por segundo e ao mesmo tempo.

11-Ele nos protege?

Arnaldo- Sim, mas como se nós ainda vivêssemos na pré-história cercado por famintos dinossauros.

Ou como se tivéssemos que matar um leão por dia.

Sua intenção é boa, mas ele tem que ser comandado pela nossa consciência.

12-E qual a função da consciência?

Arnaldo- É ela que: percebe o que é de nosso interesse no momento, qual a nossa meta.

É ela que pensa, compara, analisa, avalia, raciocina, associa, organiza, etc.

Ela trabalha com muitas informações por segundos, mas tem o cuidado de avaliar cada informação por vez.

13-Por isso erra menos?

Arnaldo- Exatamente.

14- Então a impressão não é a primeira que fica, as aparências enganam?

Arnaldo- Isso mesmo.

Entrevista no Programa Rádio Mulher.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Equipe de terapeutas do CTCCBauru - 2015 - Prontos para servir você.



Psicólogo Arnaldo Vicente
Terapeuta Cognitivo-Comportamental, Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental.
Coordenador, Professor e Supervisor  do Centro de Terapia Cognitiva-Comportamental de Bauru-SP, desde 2002.
Presidente da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público: OSCIP- Oficina de Pensamento.
Ex-Professor e Supervisor do ITC-SP.
Ex-Presidente da Associação Brasileira de Psicoterapia Cognitiva.


Daniela Aiello d' Alkimin
Psicóloga, Terapeuta Cognitiva-Comportamental formada pelo CTCC - Bauru. Membro atuante da OSCIP - Oficina de Pensamento. Especialista  em Educação e Sexualidade para Adultos.
TCC colabora para felicidade dos pacientes.
Percebo que a TCC realmente modifica a vida das pessoas, aliviando sofrimentos, superando dificuldades, trazendo melhoria nas relações sociais e mais do que isto, promove felicidade autêntica e qualidade de vida. Uma pessoa que pensa saudável enfrenta melhor os problemas do dia dia, se sente menos vulnerável, responde e vive melhor. Com seus protocolos cientificamente comprovados a TCC oferece ferramentas para a modificação de PANs e resolução de problemas e metas, modificando a sua vida e atingindo a felicidade plena.






Rosemary Pandolfi
Psicóloga, Terapeuta Cognitiva-Comportamental formada pelo CTCC - Bauru. Membro atuante da OSCIP - Oficina de Pensamento.
A TCC é colaborativa, semi-diretiva e eficaz. Noto que por ser uma terapia objetiva e concreta, a TCC facilita o atendimento e o entendimento dos pacientes que elaboram estratégias de enfrentamento funcionais para as resoluções de seus problemas, proporcionado uma melhora no seu humor e, consequentemente, em  seu comportamento; através da mudança  de seus padrões de pensamentos possibilitando  uma vida mais saudável e otimista.




Viviane Nicoliello de Siqueira
Psicóloga, Terapeuta Cognitiva-Comportamental formada pelo CTCC - Bauru. Membro atuante da OSCIP - Oficina de Pensamento, instituição que visa divulgar, informar e educar a sociedade sobre a existência e as consequências disfuncionais dos PANs no nosso dia-a-dia; apresentando as várias formas de lidar com eles, afim de promover um saudável gerenciamento de sintomas utilizando técnicas básicas de TCC.
A TCC tem eficácia comprovada.
A TCC é um modelo de psicoterapia bastante eficaz , com protocolos cientificamente comprovados, no qual o terapeuta assume um papel atuante e positivo.
Por meio da TCC os pacientes tomam  consciência das maneiras pelas quais seus pensamentos influenciam seus sentimentos e comportamentos e o modo como veem a si mesmo, os outros e o futuro.
As pessoas alcançam melhores resultados quando são encorajadas a tomar um papel ativo nas suas vidas, tornando-se verdadeiros autoterapeutas.













A pedidos prorrogamos a data de início do 17º CURSO DE FORMAÇÃO EM TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL.

Nova data de início: 07.03.2015

17º CURSO DE FORMAÇÃO EM TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL

Início 07/03/2015 – CTCCBauru-SP – Fundado em 2002.


Coordenação e Supervisão: Psicólogo – Professor Arnaldo VicenteEspecialista em Terapia Cognitiva Comportamental, formado pelo Instituto de Terapia Cognitiva, em São Paulo. Presidente da Oficina de Pensamento – OSCIP. Ex-Presidente da Associação Brasileira de Psicoterapia Cognitiva. Ex-Professor-Supervisor do ITC-SP.

Monitoria de Supervisão: Psicólogas Viviane Siqueira, Rosemary Pandolfi e Daniela D’Alquimin,, Terapeutas Cognitiva Comportamental formadas pelo Centro de Terapia Cognitiva Comportamental de Bauru. Membros atuantes da Oficina de Pensamento – OSCIP. 




Crise ou oportunidade para reinventar-se?

Iniciamos 2015 com situações difíceis e incertas, não apenas financeiras,mas na segurança e na saúde também; em meio a uma transição política necessária nos vemos envolvidos e afetados por consequências indesejáveis. Quando começávamos a imaginar que entraríamos numa fase de gradual prosperidade temos que refletir e nos atualizar de todo o nosso potencial para avaliar e implementar a melhor estratégia possível. A hora não é de lamentação e mesmice, mas de criatividade e esperança; mas como se reinventar diante da crise? 
A capacidade do ser humano de inventar pode ser ilustrada pela roda, pelas pirâmides, pela eletricidade, pelas naves espaciais, pelo calendário, e principalmente pelos números, são dez algarismos apenas; mas reinventados formam quantos números? 1 e 1 é onze, mas quantos uns eu posso colocar lado a lado? Que número é este 1111111111111111? E se cair na rotina você pode fazer combinações com 10111213141516171819, qual é o limite? 
De quantas formas é possível se locomover ou resolver inúmeras questões?
A capacidade de inventar e reinventar é própria do ser humano; é uma característica dinâmica e surpreendente e ocorre independente de sua vontade e vigília; sim o Homem inventa e reinventa mesmo dormindo. Inventamos e reinventamos por associações cognitivas que consideram e combinam tudo que percebemos consciente ou inconscientemente. Muito se fala, mas pouco se comprova quando falamos sobre o quanto utilizamos o nosso potencial mental e cerebral; portanto quando falamos de inventar ou reinventar o céu é o limite, ou poderia ser! Sim, poderia, mas nem sempre é assim.

Nossas percepções sobre o Eu, o Mundo e o Futuro podem formar crenças que nos amarram com a mesma força que uma frágil corda mantém preso os elefantes em pequenas estacas; eles são presos desde pequenos por cordas realmente mais fortes que eles e por mais que queiram sair pelo mundo inventando ou reinventando isto é comprovadamente impossível. Eles debatem-se vigorosamente, esforçando-se até sua última força e então desistem e passam a acreditar que serão permanentemente mais fracos que aquela corda e estaca. Eles crescem e tornam-se mais fortes a ponto de transportarem pessoas e pesadas cargas; mas ao voltarem para a cordinha reagem com a mesma apatia e conformismo. 

O Homem também pode se comportar como os elefantes e ser preso pelas crenças decorrentes de experiências vivenciadas em qualquer fase de sua vida; repetindo-se dia-a-dia sem perceber que as adversidades são desafios que transformam seu Eu, o Mundo e o Futuro. Desafios com riscos compatíveis com seus recursos internos (tudo que faz parte de sua pessoa) e externos (tudo que faz parte do mundo). Ou seja, passam a acreditar que são mais frágeis do que realmente são, maximizam as ameaças e minimizam ou desconsideram seus recursos, suas forças; a fragilidade pode ser um fato, mas também pode ser uma crença.
Fatos e Crenças
No livro O Novo Cérebro, o Dr. Nélson Spritzer, editora L&PM, diz que fatos são como as coisas são e crenças são o que pensamos sobre os fatos. O que nos limita na vida, ou nos torna pessoas de sucesso, são nossas crenças sobre os fatos e não os fatos em si: os fatos são neutros. Não são bons nem ruins. O modo como cremos sobre eles faz toda a diferença.
Os elefantes são seres irracionais incapazes de perceberem e questionarem as suas crenças; ou seja, se não superam as diversidades por várias vezes continuadamente desenvolverão a crença irracional de fragilidade sempre que se depararem com a cordinha na estaca: “Coisas ruins acontecem e nada posso fazer.
Coisas ruins acontecem e nada podemos fazer?

As conclusões automáticas, distorcidas e absolutas sobre a vida são crenças irracionais com grande crédito. São e pronto! E agimos como os elefantes.

O psicólogo americano Robert L. Leahy afirma, em seu livro Preocupações excessivas, da Artmed, que 85% das coisas sobre as quais os preocupados se preocupam tendem a ter um resultado positivo (ou seja elas não acontecem). 
E desses 15% que dão resultado negativo 79% dos casos as pessoas dizem que lidaram melhor do que esperavam. 

As conclusões racionais, demonstradas por Leahy, são baseadas em evidências e consideram uma situação específica que vivemos num determinado momento nos permitindo, de propósito, analisar nossos recursos de modo atualizado utilizando todas as habilidades em resolução de problemas desenvolvidas durante a nossa vida.

Essas considerações confirmam que o Homem se inventa e pode se reinventar, inúmeras vezes, capacitando-se para enfrentar e superar com simplicidade e honestidade as adversidades; afinal elas são desafios e oportunidades de evoluir para uma vida mais saudável, mais plena.

Por Arnaldo Vicente - www.ctccbauru.com.br

Equívocos do Terapeuta Perfeccionista.

Olhar? Para o presente? Para o passado? Para o futuro?
Para a história ou para as cognições?
O terapeuta perfeccionista olha para tudo ao mesmo tempo, ele espera a melhor parte da história (e até incentiva o discurso catártico do paciente). E a melhor parte é aquela que ele desconhece. E como a desconhece ele precisa conhecê-la, ouví-la. Ouve mais uma parte e espera a melhor parte ainda desconhecida. A terapia é importante, o paciente é importante, o terapeuta é competente e adequado; então continua a buscar a melhor parte da história, é nela que encontrará a melhor cognição. Não a que foi oferecida primeiro ou por último, a melhor cognição da melhor parte da história para a melhor intervenção.
Quando o tempo da sessão vai chegando ao fim pode vir o desespero:- Esta sessão não foi a melhor sessão que realizei, eu não fiz a minha melhor intervenção, e não sou o melhor terapeuta!
O terapeuta poderia comparar a sua sessão com outras que já realizou, mas ele as desconsidera, compara apenas com a mais perfeita que ainda não aconteceu (sem saber que ela nunca vai acontecer).
Há a possibilidade dele crer que o paciente também não fez a melhor explanação, nem ofereceu a melhor colaboração.
O terapeuta espera o evento melhor, ou seja aquele que ainda está por acontecer. Como o futuro não termina e ele não delimitou seu campo de comparação, permanecerá na esperança do próximo evento (ou seja esta cognição será acompanhada de emoções positivas). E, caso, tente escolher um evento já conhecido suas cognições ansiogênicas contribuirão para um estado de incerteza acompanhado de comportamentos de hesitação ou esquiva, típico dos esquemas de vulnerabilidade (secundário) e incompetência (primário) : - "Eu deveria ter esperado a melhor parte, vou me dar mal, confirmarei minha incompetência".
O modo dicotômico de pensar não o permite integrar suas informações atuais com as do passado ou do futuro.
Para onde olhar?
Para o evento mais recente, mais próximo do presente, analisando as cognições que o paciente o avaliou.

Arnaldo Vicente - Especialista em TCC - www.ctccbauru.com.br -2015

O ESTRESSE É UM SINAL DE QUE A HORA DE PARAR JÁ PASSOU!



É importante que as pessoas façam esforços para se adaptarem as diferentes situações no dia a dia, sejam situações positivas ou negativas, mais ainda mais importante é que seus esforços não extrapolem os limites de sua capacidade de adaptação física e psicológica.

1- O que é o estresse?
Estresse pode ser definido como um estado de tensão que desequilibra, prejudica internamente o organismo.
O desequilíbrio ocorre quando a pessoa está diante de uma mudança significativa e necessita de uma adaptação por parte do seu organismo que ultrapassa sua capacidade de adaptação.
Ou seja, o estresse é uma reação que ocorre quando nos esforçamos para nos adaptarmos a uma situação importante. Ele pode ser negativo ou positivo.

2- Quando o estresse é negativo?
O estresse negativo é o estresse em excesso. Ele ocorre quando os esforços ultrapassaram seus limites e esgotaram a sua capacidade de adaptação. A pessoa gastou suas energias como se acreditasse que elas não tivessem limites, nunca acabassem.
O organismo fica comprometido e sua energia mental fica reduzida. Sua capacidade de ação fica muito prejudicada; a pessoa não consegue manter-se equilibrada e a sua qualidade de vida fica prejudicada, podendo inclusive adoecer.

3- Quando o estresse é positivo?
O estresse positivo é o estresse em sua fase inicial, isto é, a pessoa fica motivada e entusiasmada, cheia de energia. O seu interesse é tão grande que ela pode passar por períodos em que dormir e descansar passa a não ter tanta importância, é a chamada “fase de alerta”.
Na fase de alerta o organismo produz adrenalina que dá ânimo, vigor e energia, fazendo a pessoa produzir mais e ser mais criativa. É a fase da produtividade.
O problema é que ninguém consegue ficar em alerta por muito tempo, pois o estresse se transforma em excessivo, ou negativo, quando dura demais.

4- Quando o estresse fica num nível ideal?
Estresse ideal: é quando a pessoa aprende o manejo do estresse e gerencia a “fase de alerta” de modo eficiente, alternando entre estar em alerta e sair de alerta.
O organismo precisa entrar em homeostase* após uma permanência em alerta para que se recupere. Não há dano em entrar de novo em alerta após a recuperação.
Doenças começam a ocorrer se não há um período de recuperação, pois o organismo se exaure e o estresse fica excessivo devido a algum evento estressor forte demais ou porque se prolonga em excesso.
* Propriedade auto-reguladora de um sistema ou organismo que permite manter o estado de equilíbrio de suas variáveis essenciais ou de seu meio ambiente.

5- Que fatores contribuem para o estresse?
Os fatores são as tensões de fontes externas e internas de acordo com a sua natureza.

6- Quais são os fatores de fonte externa?
São os eventos externos criadores de tensão que ultrapassam a habilidade das pessoas se adaptarem ao ritmo em que ocorrem. Eles geram inseguranças e incertezas. Exemplos:
- Atender as exigências de uma atividade profissional.
- Atender as exigências de outra pessoa.
- Atender a mudanças inesperadas como a perda de emprego tendo contas a pagar.
- Envolver-se em competição excessiva sem saber onde e quando vai chegar.
- Ser dominado pelo desejo intenso de "possuir" mais que os outros.
- Fazer tudo com pressa.
Atender a pressão diária de ser sempre bem-sucedido.
- Tentar resolver tudo de uma vez, etc.

7- Quais são os fatores internos?
Além das causas externas de estresse mencionadas acima, que são fáceis de serem reconhecidas, existem outras causas que nem sempre são discutidas:
- Expectativas irrealistas ou metas fracassadas: - Não descansarei enquanto não muda-lo..
- Cognições distorcidas: - Esperam que eu sempre faça mais para me estimarem mais.
- Perfeccionismo: - Se eu errar estou perdido.
- Sonhos inalcançáveis, desejos e fantasias.
- Pensamentos ansiosos: as pessoas percebem os desafios como gigantescos e logicamente se estressam mais:- Eu morro só de pensar em andar de avião.
- vulnerabilidades psicológicas e vulnerabilidade genética são apresentados como fontes internas de estresse: - O homem morre um dia (genético), então vai ser amanhã(idéia).

8- Pessoas que se estressam pelas duas fontes ficam mais estressadas?

Sim, isto vai contribuir para que a pessoa fique mais estressada, mas o que vai determinar o nível de estresse dessas pessoas são dois fatores: o que ela pode fazer para enfrentar a fonte de estresse e o quanto ela pode acredita que pode ser afetada por essa fonte.
A interação entre o que ela pode fazer para enfrentar a fonte de estresse e o quanto ela acredita que pode ser afetada por essa fonte é discutida como possível fator potencializador ou atenuante.
Exemplo: Geneticamente a mulher é mais forte que uma barata, mas aprendeu durante sua vida que...

9- Você falou que o estresse pode levar a pessoa a adoecer?

Sim, na medida que a pessoa apenas gasta energia todo o seu organismo vai ficando alterado e suas funções podem ficar comprometidas.

10- As pessoas são mais estressadas hoje do que antigamente?
O homem vive hoje de modo muito diferente de antigamente e esses novos hábitos nem sempre representam avanços do ponto de vista da qualidade de vida.

11- O que é uma boa qualidade de vida?
Uma boa qualidade boa qualidade de vida consiste em estar bem nas áreas afetiva, social, profissional ou escolar e a saúde. Estar bem apenas em uma área não é sinal de qualidade de vida.

12- No Brasil as pessoas andam muito estressadas?
No Brasil as mudanças estão ocorrendo em ritmo vertiginoso e isto colabora para que o nível de estresse da população esteja alto.
Muitos estudos (dissertações de mestrado e teses de doutorado realizadas por psicólogos na PUC–Campinas) revelaram um alto nível de estresse em camadas da população as mais variadas.
Por exemplo: os trabalhos que estudaram o estresse ocupacional de alguns profissionais revelaram um alto nível de estresse em executivos – tanto homens, como mulheres, em policiais militares, professores e bancários.

13- Então o estresse ocorre mais na área profissional?

Curiosamente não, as mudanças ocorridas no nível da organização da sociedade estão correlacionadas mais com a saúde.

Por exemplo, no século passado a causa mais freqüente de morte era a infecção, hoje em dia a causa mais freqüente é as doenças cardiovasculares.

A hipertensão arterial é responsável por uma grande parte das mortes devido a acidente vascular cerebral.

E mais, enquanto mais homens que mulheres sofriam de enfarte do miocárdio e de morte cardíaca súbita, hoje o número de mulheres acometidas por esses males sobe assustadoramente.

Um dos fatores contribuintes para a origem dessas doenças é inegavelmente o estresse.

14- Existem outras doenças por conta do estresse?

Sim, no caso dos bancários foi surpreendente verificar a alta incidência de doenças cuja origem se julga envolver o estresse, tais como hipertensão arterial, úlceras, problemas dermatológicos, retração de gengivas, etc.

15 – O estresse pode continuar aumentando?

Vou responder com as palavras de uma grande conhecedora deste assunto, Marilda Lip:

- Em uma sociedade em mutação como a nossa, imatura ainda em seu desenvolvimento, porém com um potencial imenso para realizações e progresso, há de se prever que o estresse continuará presente ou tenderá a aumentar.

É de se prever também que haja um aumento cada vez maior de doenças psicofisiológicas ligadas ao estresse a não ser que medidas profiláticas de ensino de manejo e gerenciamento do estresse sejam implementadas e que o tratamento do estresse seja oferecido como parte de planos de saúde a nossa sociedade que na maioria das vezes sente os efeitos do estresse sem sequer saber identificar o que ele é.

16- O que fazer para não ser dominada pelo estresse?

Desse modo, propõe-se que seja possível, pelo menos, reduzir a predisposição ao desenvolvimento da reação do estresse emocional por meio de medidas psicológicas que se baseiam na reestruturação cognitiva e que tenham por objetivo a reformulação de pensamentos estressógenos.


Essa afirmação se baseia no vários estudos (Torrezan, 1999; Brasio, 2000; Vilella, 2001; e Tanganelli, 2001) que têm comprovado a eficácia do treino de controle do estresse (Lipp, 1984; Lipp e Malagris, 1995) na redução de crenças irracionais ou pensamentos disfuncionais como descritos por Ellis (1973) e Lega, Caballo e Ellis (1997) e no nível geral de estresse das várias populações estudadas.


17- Como saber se estou estressada?

Mas, se você ultimamente está sempre irritado, perdendo a paciência com todos, com azia diária, se o cabelo está caindo e se acorda segunda-feira com o corpo de sexta-feira, pode ser que o stress tenha entrado em sua vida. Isto acontece às vezes tão devagar que a pessoa não percebe. Outras vezes há algo grande que ocorre e que nos leva ao stress de imediato.

Se descobrir que está com stress, tenha calma. O stress tem cura e você pode aprender a controlar o stress em sua vida. Existem tratamentos especializados para isto que podem ajudá-lo a se recuperar e a nunca mais ter stress excessivo.

Eliminar os sintomas de stress é importante porque a pessoa passa a se sentir melhor. Se alguma doença ligada ao stress já apareceu, procure um médico especialista na área afetada. Mas, é sempre bom saber as causas do stress e descobrir como lidar com elas de modo a não se estressar mais no futuro. Para isto, um psicólogo especializado em stress deve ser consultado.

Arnaldo Vicente na Rádio Mulher.

Saiba mais: http://www.estresse.com.br/

Nova data de início: 07.03.2015

17º CURSO DE FORMAÇÃO EM TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL

Início 07/03/2015 – CTCCBauru-SP – Fundado em 2002.


Coordenação e Supervisão: Psicólogo – Professor Arnaldo VicenteEspecialista em Terapia Cognitiva Comportamental, formado pelo Instituto de Terapia Cognitiva, em São Paulo. Presidente da Oficina de Pensamento – OSCIP. Ex-Presidente da Associação Brasileira de Psicoterapia Cognitiva. Ex-Professor-Supervisor do ITC-SP.

Monitoria de Supervisão: Psicólogas Viviane Siqueira, Rosemary Pandolfi e Daniela D’Alquimin,, Terapeutas Cognitiva Comportamental formadas pelo Centro de Terapia Cognitiva Comportamental de Bauru. Membros atuantes da Oficina de Pensamento – OSCIP. 



Programa:
O Programa é composto por onze encontros e propõe, em cada um, conteúdos que contribuem para a evolução Teórica e Prática do profissional que receberá o Título de Terapeuta Cognitivo Comportamental certificado pelo Centro de Terapia Cognitiva Comportamental de Bauru – SP;
História da Terapia Cognitiva; Conceituação Cognitiva (modelo de vulnerabilidade, tríade cognitiva e esquemas primário e secundário); Diferenças entre Cognições, emoções e comportamentos; a Primazia das Cognições: a Especificidade Cognitiva; a Identificação, Avaliação e Desafios de Pensamentos Automáticos. Workshop de Técnicas de Intervenções Cognitivas e Comportamentais para Gerenciamento de Sintomas.
Identificação e Modificação das Crenças Intermediárias (suposições, regras condicionais e estratégias compensatórias) e Crenças Centrais; Modelo cognitivo de Personalidade e Psicopatologia. Construção da Lista de Problemas e Metas, do Planejamento de Intervenção e do Diagrama de Conceituação Cognitiva. Workshop de integração dos Pensamentos Automáticos e das Crenças Intermediárias e Centrais para compreensão e intervenção nos esquemas disfuncionais utilizando o Diagrama de Conceituação Cognitiva.
A Estrutura da Entrevista Inicial, da Primeira Sessão de Terapia, da Sessão Dois em Diante e das Avaliações Periódicas (Inventários e Gráficos de Humor); Término Generalização de ganhos e Prevenção de Recaída. Workshop e role player de estruturas das sessões integrando a Lista de Problemas e Metas com o Planejamento de Intervenção e a Conceituação Cognitiva.
Protocolos para atendimento para os Transtornos de Depressão e Suicídio. Todos os protocolos serão ilustrados por casos atendidos em Terapia Cognitiva.
Protocolos para atendimento dos Transtornos de Ansiedade e Síndrome do Pânico. Todos os protocolos serão ilustrados por casos atendidos em Terapia Cognitiva.
Protocolos para atendimento de Casais. O protocolo será ilustrado por um caso atendido em Terapia Cognitiva.
Protocolo para atendimento de Crianças e Adolescentes. O protocolo será ilustrado por dois casos atendidos em Terapia Cognitiva.
Protocol para Terapia Cognitiva Social, técnicas de Intervenções Cognitivas e Comportamentais para Reestruturação de Crenças Sociais Disfuncionais estimulando o desenvolvimento de Novas Crenças Funcionais através do trabalho da Oficina de Pensamento – OSCIP. Prático: Palestra Oficial da OP-OSCIP: Somos o que pensamos. Vamos pensar a respeito?
Protocolo para Transtornos alimentares, tendo como base o programa Pense Magro de Judith Beck.
Orientação para elaboração do Relatório de Resumo de Caso Clínico Supervisionado.
Progredindo como Terapeuta Cognitivo: A Escala de Empatia; relatos de experiências subjetivas de cada aluno e desafios clínicos como uma nova etapa de evolução do Terapeuta Cognitivo iniciante e os benefícios da Supervisão Avançada.
Supervisões Clínica de casos atendidos pelos alunos durante o Curso.
Conteúdo Teórico: Apresentado em apostila fundamentada no Livro: Terapia Cognitiva – Teoria e Prática. Autora: Judith Beck. Editora: Artmed. Ano: 1997. Adaptada por Arnaldo Vicente, Especialista em Terapia Cognitiva.
Conteúdo Prático: Apresentado em Kit de Formulários de Atendimento, baseados nas referências bibliográficas e no material teórico-prático desenvolvido por Arnaldo Vicente em seus atendimentos no Centro de Terapia Cognitiva de Bauru, desde 1999. 
Destinado à: Psicólogos, Psiquiatras e alunos no último ano de formação destas áreas.
Duração: 110 horas em 11 meses, sendo 80 horas de orientações teóricas e práticas e 30 horas de Atendimentos Clínicos. Sendo um sábado por mês. 
Horário: 8h00 às 15h 30m. 
Investimento: R$ 5.390,00 em 11 parcelas de R$ 490,00. 
Número de alunos: máximo de 12 alunos. 
Datas das 11 aulas: 07/03; 11/04; 09/05; 13/06; 04/07; 08/08; 12/09; 03/10; 07/11; 05/12; 30/01/2016. 
Local: Centro de Terapia Cognitiva Comportamental de Bauru –Rua Padre João 17-75, Santa Tereza, Bauru-SP – Fone: (14) 3214 – 3247 ou 3214-3343 – com Vânia Nobre, e-mail: vania-ctcbauru@hotmail.com.
Referências Bibliográficas: Terapia Cognitiva Teoria e PráticaDepressão Causas e TratamentoA Mente Vencendo o HumorVencendo a Ansiedade e a Preocupação, com a Terapia Cognitivo-ComportamentalTerapia Cognitiva para os Transtornos de AnsiedadeManual de Terapia Cognitivo-Comportamental para Casais e Famílias.Terapia Cognitivo-Comportamental para Pacientes Suicidas.  Terapia Cognitivo-Comportamental da Obesidade. Pense Magro.Terapia Cognitiva com Crianças e Adolescentes.
CTCBauru oferece sobre a Terapia Cognitiva: Cursos, Palestras, Psicoterapias e venda de Livros.
“CTCBauru: desde 2002, formando e Informando TCC.”